O jornal o Estado de São Paulo declarou abertamente, no dia 26 de setembro, em seu editorial, apoio à candidatura do tucano José Serra à Presidência da República. Ideologias à parte, a atitude do Estadão entra para a história da imprensa do país. Pela primeira vez, no tempo recente, um veículo de comunicação de âmbito nacional declara, sem meias palavras, apoio a um candidato.
A ação pode ser apontada com um marco, pois a mídia brasileira sempre se escondeu por trás de uma (falsa) imagem de imparcialidade. Todo e qualquer comentário afirmando o contrário era veementemente atacado. E foi um desses comentários, vindo de uma das pessoas mais importantes do país, que gerou a ação do Estado.
No dia 22 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em entrevista exclusiva ao Terra, que a comunicação no País “é dominada por nove ou dez famílias” e que a imprensa “tem candidato”. Também afirmou que a mídia “se comporta como um partido político”.
Essa não foi a primeira (e possivelmente nem a última) vez que o presidente atacou a imprensa. Mas às vésperas das eleições e de uma possível vitória da candidata governista, a declaração gerou inúmeras ações dos meios de comunicação.
Uma parte da mídia, visivelmente – e historicamente - contrária ao partido do presidente, usou a declaração para afirmar que o Brasil corre riscos. Eles denunciaram a possível sombra da censura. Porém, mesmo atacando as declarações de Lula, essa parcela da imprensa não assumiu partido e reafirmou seu compromisso com a imparcialidade - e a liberdade de imprensa.
A revista Veja, por exemplo, trouxe em sua capa o título: “A liberdade sob ataque” e disse, no subtítulo, que “a revelação de evidências irrefutáveis de corrupção no Palácio do Planalto renova no presidente Lula e no seu partido o ódio à imprensa livre”.
Seguindo a mesma linha de reafirmação da imparcialidade, a Folha de São Paulo declarou, em editorial publicado em primeira página no dia 26 de setembro, que não apóia nenhum candidato. Ressaltou que procura manter uma orientação de "independência, pluralidade e apartidarismo editoriais", o que redunda, segundo o jornal, "em questionamentos incisivos durante períodos de polarização eleitoral". Ao final do editorial, o jornal afirma que repudiará"tentativas de controle da imprensa".
Independentemente das posturas adotadas pelos demais meios de comunicação, a ação do Estadão abriu um precedente. A partir de agora a imprensa pode se sentir mais a vontade para assumir publicamente suas preferências políticas. Com essa atitude, a mídia brasileira pode alcançar um novo patamar de qualidade, sem mais se esconder na meia luz da imparcialidade, assumindo de vez suas ideologias, mas sem esquecer dos princípios básicos de qualidade e de moralidade do jornalismo.
A ação pode ser apontada com um marco, pois a mídia brasileira sempre se escondeu por trás de uma (falsa) imagem de imparcialidade. Todo e qualquer comentário afirmando o contrário era veementemente atacado. E foi um desses comentários, vindo de uma das pessoas mais importantes do país, que gerou a ação do Estado.
No dia 22 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em entrevista exclusiva ao Terra, que a comunicação no País “é dominada por nove ou dez famílias” e que a imprensa “tem candidato”. Também afirmou que a mídia “se comporta como um partido político”.
Essa não foi a primeira (e possivelmente nem a última) vez que o presidente atacou a imprensa. Mas às vésperas das eleições e de uma possível vitória da candidata governista, a declaração gerou inúmeras ações dos meios de comunicação.
Uma parte da mídia, visivelmente – e historicamente - contrária ao partido do presidente, usou a declaração para afirmar que o Brasil corre riscos. Eles denunciaram a possível sombra da censura. Porém, mesmo atacando as declarações de Lula, essa parcela da imprensa não assumiu partido e reafirmou seu compromisso com a imparcialidade - e a liberdade de imprensa.
A revista Veja, por exemplo, trouxe em sua capa o título: “A liberdade sob ataque” e disse, no subtítulo, que “a revelação de evidências irrefutáveis de corrupção no Palácio do Planalto renova no presidente Lula e no seu partido o ódio à imprensa livre”.
Seguindo a mesma linha de reafirmação da imparcialidade, a Folha de São Paulo declarou, em editorial publicado em primeira página no dia 26 de setembro, que não apóia nenhum candidato. Ressaltou que procura manter uma orientação de "independência, pluralidade e apartidarismo editoriais", o que redunda, segundo o jornal, "em questionamentos incisivos durante períodos de polarização eleitoral". Ao final do editorial, o jornal afirma que repudiará"tentativas de controle da imprensa".
Independentemente das posturas adotadas pelos demais meios de comunicação, a ação do Estadão abriu um precedente. A partir de agora a imprensa pode se sentir mais a vontade para assumir publicamente suas preferências políticas. Com essa atitude, a mídia brasileira pode alcançar um novo patamar de qualidade, sem mais se esconder na meia luz da imparcialidade, assumindo de vez suas ideologias, mas sem esquecer dos princípios básicos de qualidade e de moralidade do jornalismo.
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